21 de Março: Dia Internacional da Síndrome de Down

por Portal G1 — publicado 21/03/2018 10h30, última modificação 21/03/2018 10h30
No dia 21 de março, se comemora anualmente, o Dia Internacional da Síndrome de Down (SD), com o objetivo de levar mais informações a respeito do tema, para toda a população.
21 de Março: Dia Internacional da Síndrome de Down

Imagem: Reprodução/Hugo Criativo

No dia 21 de março, se comemora anualmente, o Dia Internacional da Síndrome de Down (SD), com o objetivo de levar mais informações a respeito do tema, para toda a população, enfatizando a importância dos direitos de inclusão e o não preconceito aos portadores desta síndrome.

A SD é uma condição genética, e qualquer pessoa pode nascer com ela. No Brasil, há cerda de 270mil pessoas com SD.

Nós, seres humanos, somos formados por células e dentro destas células existem os cromossomos, onde estão informações genéticas, que definem a cor dos olhos, a altura e outras. Estes cromossomos são agrupados em 23 pares, totalizando 46. Qualquer pessoa pode ser formada e nascer com um a mais, ou seja, 3 cromossomos no par 21, totalizando 47 cromossomos, o que caracteriza a SD.

Características da pessoa com Síndrome de Down

A pessoa com SD tem características como olhos puxadinhos para cima, implantação mais baixa das orelhas, língua grande e pesada, fraqueza nos músculos (hipotonia), estatura baixa e podem ter excesso de peso. Há também o risco de ter problema cardíacos, alterações respiratórias, na tireoide e apneia do sono.

Portanto, estímulos com fisioterapia, fonoaudiologia, orientações nutricionais, bem como, o acompanhamento médico, são importantes para auxiliar no desenvolvimento e melhora da qualidade de vida, além de facilitar e colaborar com suas atividades no lazer, no trabalho, no estudo, e tudo mais que queira fazer.

Como deve ser a alimentação

A alimentação adequada individualmente é fundamental para qualquer pessoa e pode trazer muitos benefícios também na SD, diante de tantas particularidades.

A alimentação de portadores de SD deve seguir os padrões de uma alimentação equilibrada e adequada individualmente. O acompanhamento nutricional se faz necessário devido às características metabólicas apresentadas e suas devidas complicações, que podem ser tratadas e/ou prevenidas.

Todos necessitam de avaliação nutricional adequada, bem como, a coleta da história clinica bem detalhada para saber quais fatores interferem no seu estado nutricional e isso é específico.

Em se tratando de um bebê, o aleitamento materno deve ser incentivado, bem como a introdução alimentar deve ser feita de forma correta e individual.

Se um adolescente ou adulto, a orientação nutricional deve ser estendida à toda a família e às pessoas da convivência pois estes fazem parte deste processo. Lógico que deve ser levada em consideração toda a dinâmica e particularidades da família. As mudanças devem ser de forma gradual, porém contínua, mas é importante salientar a respeito do não compensar esta alteração genética com a permissão de alimentos indevidos, pois isso terá consequências ruins, para todos inclusive.

Sempre deve se proporcionar refeições em ambiente tranquilo, incentivando a boa mastigação dos alimentos, com refeições fracionadas para que sejam evitados os excessos.

É fundamental a orientação de evitar o consumo de guloseimas, refrigerantes, embutidos e demais alimentos ultraprocessados.

É muito importante o incentivo ao consumo de frutas e vegetais, de forma bastante variada e adequada, pois estes são alimentos ricos em fibras, vitaminas e minerais antioxidantes e fitoquímicos. Até porque são pessoas com forte tendência a intestino preso, motivo pelo qual as fibras são fundamentais, assim como a ingestão de líquidos e os exercícios físicos.

As fibras são importantes também para a saciedade e com isso o controle da quantidade do consumo de demais alimentos. Antioxidantes e alimentos funcionais são fundamentais para todo o contexto, incluindo o reforço ao sistema imune.

É possível que ainda haja preconceito e muita desinformação, porém, pessoas com Síndrome de Down não somente são capazes, como têm o direito de ter independência, estudar, casar, trabalhar e muito mais. Suas habilidades motoras e cognitivas podem ser desenvolvidas e para isso é preciso além do amor, carinho e compreensão a inclusão.